Ontem à noite, eu estava conversando com uma amiga sobre as nossas manias, nossas maneiras diferentes de pensar, nosso jeito de agir perante alguma coisa, as histórias que cada uma tem pra contar e que são relevantes pra si própria e pra outra talvez nem tanto.Certas coisas nos acostumamos tanto que passam a ser tão espontâneas que nem percebemos que as outras pessoas percebem.
Ela me disse por exemplo, que quando vai à minha casa adora ver meu armário arrumado, etiquetado, separado por cor, de ver a quantidade de livros na minha estante, o que pra mim já não passa do normal, porque já se tornou imperseptível.
Minha mãe é professora. Me ensinou desde cedo a gostar de ler, de escrever e tenho livros desde que me conheço por gente. Ela é muito organizada, perfeccionista e muito, muito criativa. E por incrível que pareça todas as qualidades que listei nela, são qualidades minhas também.
Sempre vivi daquele jeitinho, então na minha concepção esse é meu "modelo de ser".
Em muitos momentos da minha vida eu encontrei pessoas que não eram e não são até hoje, tão organizadas e rotineiras como eu. Minhas melhores amigas, por exemplo não são assim. Todas elas, todas mesmo, sem nenhuma exceção são desorganizadas e não tem rotina com nada, a não ser trabalho, faculdade e namorado, não são umas inconsequentes também!
Não pense você que eu adoro ser como sou, se escrevesse isso seria uma grande mentira, as vezes quero jogar tudo pro alto e deixar tudo bagunçado, tanto dentro quanto fora de mim.
Eu tenho manias que não queria ter, que me atrapalham, que com a mania da perfeição se transformam em grandes turbulências e geram insônias, dores de estômago, ansiedade.
Minha mania de deixar tudo separado, organizado e blábláblá, me faz deixar de sair só pra ver meu guarda roupa arrumado, pode? Nem eu creio, mas acontece...
Só que como essas coisas podem parecer boas aos olhos de outra pessoa?
Bom, ela sabe dirigir muito bem e eu nem no exame da Auto-escola passei...
Diferenças.
